quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pombagira Rosa Caveira



Axé filhos de fé....

Gostaria de compartilhar que esta semana fui agraciado com a descoberta de minha Pombagira, a Sra. Pombagira Rosa Caveira. Mas, curiosidades a parte, resolvi buscar a sua história e abaixo coloco aquela que mais me chamou a atenção. Espero que gostem tanto quanto eu.

Laroyê Pombagira
Pombagira é Mojubá....

Dona Rosa Caveira é um mistério só. Pomba gira pouco conhecida, tem reputação de maravilhosa curandeira e aspecto inquietante. Nas imagens populares, ironicamente difíceis de encontrar no Brasil, ela exibe um corpo meio esquelético e meio humano coberto com capa e capucho. Nos meios tradicionais é dito que ela é a “esposa” de Seu João Caveira, exu da “Velha Guarda” do cemitério e Chefe da Linha dos Caveiras, um grupo de servidores fiéis e muito prestativos. Em conversa ao pé do congá, com alguns irmãos de fé que também circulam pelos caminhos de algumas religiões de origem bantu (Kimbanda, Cangerê, Cabula), ouvi que Dona Rosa Caveira é protagonista de inúmeras lendas. Uma delas conta que Rosa nasceu no Oriente.

Sétima filha de uma simples família do campo, desde cedo aprendeu com seus pais as artes da cura, pois eles eram afamados xamãs.  Sua falecida avó foi sua primeira guia espiritual. Em sonhos, a querida alma da ancestral instruía e aconselhava a neta. Rosa era uma menina privilegiada.
Aos dezenove anos ela conheceu um xamã muito mais velho. Eles se apaixonaram e  casaram. Ela então começou um período muito intenso de atendimento espiritual aos cidadãos de sua vila e arredores. Sua vida transcorreu cheia de méritos e bênçãos. Rosa morreria depois de seu marido, saboreando o prazer de uma existência dedicada os mais necessitados. Outra lenda nos conta o segredo de seu nome… Ao redor da casinha onde sua família morava existia um roseiral selvagem. No final da gravidez, sua mãe não teve tempo de pedir ajuda à parteira local e a menina nasceu ali mesmo. Daí o nome: Rosa. Por que caveira ?

Em certas regiões do Oriente, sobretudo na Índia, Tibet e Butão, alguns xamãs e yogues utilizam a caveira humana como um cálice ritual. A caveira, assim utilizada, não está relacionada com magia negra ou qualquer arte malévola. No Budismo Tibetano os Lamas utilizam uma caveira como cálice. Também fazem um pequeno tambor com duas metades de caveira… Na Índia ele é chamado de Damaru e a caveira de Kapala. Quando conheci a lenda de Rosa Caveira, imediatamente percebi a conexão com as tradições yogues e tibetanas. Na minha imaginação eu “vi” a grande mestra sentada numa alta montanha, segurando uma caveira e em profundo estado de meditação. Seria Rosa Caveira tibetana?

Pode ser que a lenda tenha se ocidentalizado e a planta original, que poderia ser o lótus, tenha se transformado em rosa. Neste caso seu nome seria Pema em tibetano.  Em sânscrito, seu nome espiritual seria Kapalapadma (Lótus Caveira). Na tradição budista e mágica do Tibet, Mongólia e arredores, existem muitas histórias e lendas com as mesmas características das aqui mencionadas. O fato é que como Pomba Gira brasileira, na gira do dia-a-dia dos terreiros, Rosa Caveira é um pouco diferente de suas irmãs. Ela não se firmou como “mulher da vida” ou errante marginal. Mas se perpetuou como curandeira poderosa e ponte entre os diversos reinos do astral. Uma outra curiosidade circunda esta Pomba Gira.  Rosa Caveira trabalha e vibra no cemitério…

Em algumas tradições orientais, as mesmas mencionadas acima, certo grupo de adeptos utiliza o cemitério para trabalhos espirituais de cura e transformação. Eles são chamados de Kapalikas ou portadores da caveira!   As mulheres do grupo, além da caveira transportam um tridente. Certa vez eu estava caminhando com um amigo indiano pelas ruas do centro de São Paulo. De repente, diante de uma loja de artigos religiosos, ele literalmente ficou paralisado!   Uma grande e vermelha estátua de Pomba Gira estava diante de nós.

Nua, majestosa, segurando um tridente e com uma caveira nos pés. Shivaji, meu amigo indiano, se curvou aos pés da imagem e disse:
“Trishula Kapala Ma! O que você faz aqui?” Trishula Kapala Ma é a Mãe do Tridente e da Caveira,
uma representação do feminino sagrado que pode rondar os lugares de cremação.  Ela destrói os fantasmas malignos e os demônios, come as ilusões humanas e resgata as almas das mãos dos seres das trevas. Seu aspecto pode ser “terrível”, mas a luz e a bondade emana de seu coração.
Atrás do aspecto funesto de Rosa Caveira com certeza brilha a mesma luz. Nela se encontram o Oriente e o Ocidente, o vermelho e o branco, a vida e a morte. Espero ter a humildade de Shivaji e também sempre me curvar diante do sagrado feminino.

Terrível ou bondoso, que importa?

(por: Umbanda no Peito)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

História do Sr. Exú Caveira!!!





Verdade?? Mentira?? Quem sabe...

Sou exu, assentado nas forças do Sagrado Omulu e sob sua irradiação divina trabalho. Fui aceito pelo Divino Trono Mehor-yê e nomeado Exu a mais ou menos dois milênios, depois de minha última passagem pela terra, a qual fui um pecador miserável e desencarnei amarrado ao ódio, buscando a vingança, dando vazas ao meu egoísmo, vaidade e todos os demais vícios humanos que se possa imaginar.

Fui senhor de um povoado que habitava a beira do grande rio sagrado. Nossa aldeia cultuava a natureza e inocentemente fazia oferendas cruéis de animais e fetos humanos. Até que minha própria mulher engravidou e o sumo sacerdote, decidiu que a semente que crescia no ventre de minha amada, devia ser sacrificado, para acalmar o deus da tempestade. Obviamente eu não permiti que tal infortúnio se abatesse sobre minha futura família, até porque se tratava do meu primeiro filho. Mas todo o meu esforço foi em vão. Em uma noite tempestuosa, os homens da aldeia reunidos, invadiram minha tenda silenciosamente, roubaram minha mulher e a violentaram, provocando imediato aborto e com o feto fizeram a inútil oferenda no poço dos sacrifícios. Meu peito se encheu de ódio e eu nada fiz para conte-lo. Simplesmente e enquanto houve vida em mim, eu matei um por um dos algozes de minha esposa inclusive o tal sacerdote.

Passei a não crer mais em deuses, pois o sacrifício foi inútil. Tanto que meu povoado sumiu da face da terra, soterrado pela areia, tamanha foi a fúria da tempestade. Derrepente o que era rio virou areia e o que areia virou rio. Mas meu ódio persistia. Em meus olhos havia sangue e tudo o que eu queria era sangue. Sem perceber estava sendo espiritualmente influenciado pelos homens que matei, que se organizaram em uma trevosa falange a fim de me ver morto também. O sacerdote era o líder. Passei então a ser vítima do ódio que semeei.

Sem morada e sem rumo, mas com um tenebroso exército de homens odiosos, avançamos contra várias aldeias e povoados, aniquilando vidas inocentes e temerosamente assombrando todo o Egito antigo. Assim invadimos terras e mais terras, manchamos as sagradas águas do Nilo de sangue, bebíamos e nos entregávamos às depravações com todas as mulheres que capturávamos. Foi uma aventura horrível. Quanto mais ódio eu tinha, mais eu queria ter. Se eu não podia ter minha mulher, então que nenhum homem em parte alguma poderia ter. Entreguei-me a outros homens, mas ao mesmo tempo violentava bruscamente as mulheres. As crianças, lamentavelmente nós matávamos sem piedade. Nosso rastro era de ódio e destruição completas. Até que chegamos aos palácios de um majestoso faraó, que também despertava muito ódio em alguns dos mais interessados em destruí-lo, pois os mesmos não concordavam com sua doutrina ou religião. Eis que então fomos pagos para fazer o que tínhamos prazer em fazer, matar o faraó.


Foi decretada então a minha morte. Os fiéis soldados do palácio, que eram muito numerosos, nos aniquilaram com a mesma impiedade que tínhamos para com os outros. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Isto coube na medida exata para conosco.

Parti para o inferno. Mas não falo do inferno ao qual os leitores estão acostumados a ouvir nas lendas das religiões efêmeras que pregam por aí. O inferno a que me refiro é o inferno da própria consciência. Este sim é implacável. Vendo meu corpo inerte, atingido pelo golpe de uma espada, e sangrando, não consegui compreender o que estava acontecendo. Mas o sangue que jorrava me fez recordar-me de todas as minhas atrocidades. Olhei todo o espaço ao meu redor e tudo o que vi foram pessoas mortas. Tudo se transformou derrepente. Todos os espaços eram preenchidos com corpos imundos e fétidos, caveiras e mais caveiras se aproximavam e se afastavam. Naquele êxtase, cai derrotado. Não sei quanto tempo fiquei ali, inerte e chorando, vendo todo aquele horror.

Tudo era sangue, um fogo terrível ardia em mim e isso era ainda mais cruel. Minha consciência se fechou em si mesma. O medo se apossou de mim, já não era mais eu, mas sim o peso de meus erros que me condenava. Nada eu podia fazer. As gargalhadas vinham de fora e atingiam meus sentidos bem lá no fundo. O medo aumentava e eu chorava cada vez mais. Lá estava eu, absolutamente derrotado por mim mesmo, pelo meu ódio cada vez mais sem sentido. Onde estava o amor com que eu construí meu povoado? Onde estavam meus companheiros? Minha querida esposa? Todos me abandonaram. Nada mais havia a não ser choro e ranger de dentes. Reduzi-me a um verme, jogado nas trevas de minha própria consciência e somente quem tem a outorga para entrar nesta escuridão é que pode avaliar o que estou dizendo, porque é indescritível. Recordar de tudo isto hoje já não me traz mais dor alguma, pois muito eu aprendi deste episódio triste de minha vida espiritual.

Por longos anos eu vaguei nesta imensidão escura, pisoteado pelos meus inimigos, até o fim das minhas forças. Já não havia mais suspiro, nem lágrimas, nem ódio, nem amor, enfim nada que se pudesse sentir. Fui esgotado até a última gota de sangue, tornei-me um verme. E na minha condição de verme, eu consegui num último arroubo de minha vil consciência pedir socorro a alguém que pudesse me ajudar. Eis que então, depois de muito clamar, surgiu um alguém que veio a tirar-me dali, mesmo assim arrastado. Recordo-me que estava atado a um cavalo enorme e negro e o cavaleiro que o montava assemelhava-se a um guerreiro, não menos cruel do que fui. Depois de longa jornada, fui alojado sobre uma pedra. Ali me alimentaram e cuidaram de mim com desvelo incompreensível. Será que ouviram meus apelos? Perguntava-me intimamente. Sim claro, senão ainda estaria lá naquele inferno, respondia-me a mim mesmo. “–Cale-se e aproveite o alvitre que vosso pai vos concedeu.”- Disse uma voz vinda não sei de onde. O que eu não compreendi foi como ele havia me ouvido, já que eu não disse palavra alguma, apenas pensei, mas ele ouviu. Calei-me por completo.

Por longos e longos anos fiquei naquela pedra, semelhante a um leito, até que meu corpo se refez e eu pude levantar-me novamente. Apresentou-se então o meu salvador. Um nobre cavaleiro, armado até os dentes. Carregava um enorme tridente cravado de rubis flamejantes. Seu porte era enorme. Longa capa negra lhe cobria o dorso, mas eu não consegui ver seu rosto.

– Não tente me olhar imbecil, o dia que te veres, verás a mim, porque aqui todos somos iguais.

Disse o homem em tom severo. Meu corpo tremia e eu não conseguia conter, minha voz não saia e eu olhava baixo, resignando-me perante suas ordens.

- Fui ordenado a conduzir-lhe e tenho-te como escravo. Deves me obedecer se não quiser retornar àquele antro de loucos que estavas. Siga minhas instruções com atenção e eu lhe darei trabalho e comida. Desobedeça e sofrerás o castigo merecido.

- Posso saber seu nome, nobre senhor?

- Por enquanto não, no tempo certo eu revelarei, agora cale-se, vamos ao nosso primeiro trabalho.

- Esta bem.

Segui o homem. Ele a cavalo e eu corria atrás dele, como um serviçal. Vagamos por aqueles lugares sujos e realizamos várias tarefas juntos. Aprendi a manusear as armas, que me foram dadas depois de muito tempo. Aos poucos meu amor pela criação foi renascendo. As várias lições que me foram passadas me faziam perceber a importância daqueles trabalhos no astral inferior. Gradativamente fui galgando os degraus daquele mistério com fidelidade e carinho. Ganhei a confiança de meu chefe e de seus superiores. Fui posto a prova e fui aprovado. Logo aprendi a volitar e plasmar as coisas que queria. Foram anos e anos de aprendizado. Não sei contar o tempo da terra, mas asseguro que menos de cem anos não foram.

Foi então que numa assembléia repleta de homens iguais ao meu chefe, eu fui oficialmente nomeado Exu. Nela eu me apresentei ao Senhor Omulu e ao divino trono de Mehor-yê, assumindo as responsabilidades que todo Exu deve assumir se quiser ser exu.

- Amor a Deus e às suas leis;
- Amor à criação do Pai e a todas as suas criaturas;
- Fidelidade acima de tudo;
- Compreensão e estudo, para julgar com a devida sabedoria;
- Obedecer às regras do embaixo, assim como as do encima;

E algumas outras regras que não me foi permitido citar, dada a importância que elas têm para todos os Exus.

A principio trabalhei na falange de meu chefe, por gratidão e simpatia. Mas logo surgiu-me a necessidade de ter minha própria falange, visto que os escravos que capturei já eram em grande número. Por esta mesma época, aquele antigo sacerdote, do meu povoado, lembram-se? Pois é, ele reencarnou em terras africanas e minha esposa deveria ser a esposa dele, para que a lei se cumprisse. Vendo o panorama do quadro que se formou, solicitei imediatamente uma audiência com o Divino Omulu e com O Senhor Ogum – Megê e pedi que intercedessem para que eu pudesse ser o guardião de meu antigo algoz. Meu pedido foi atendido. Se eu fosse bem sucedido poderia ter a minha falange. Assim assumi a esquerda do sacerdote, que, na aldeia em que nasceu, foi preparado desde menino para ser o Babalorixá, em substituição ao seu pai de sangue. A filha do babalawo era minha ex-esposa e estava prometida ao seu antigo algoz. Assim se desenvolveu a trama que pôs fim às nossas diferenças. Minha ex-mulher deu a luz a vinte e quatro filhos e todos eles foram criados com o devido cuidado. Muito trabalho eu tive naquela aldeia. Até que as invasões e as capturas e o comércio de negros para o ocidente se fizeram. Os trabalhos redobraram, pois tínhamos que conter toda a revolta e ódio que emanava dos escravos africanos, presos aos porões dos navios negreiros.

Mas meu protegido já estava velho e foi poupado, porém seus filhos não, todos foram escravizados. Mas era a lei e ela deveria ser cumprida.

Depois de muito tempo uma ordem veio do encima: “Todos os guardiões devem se preparar, novos assentamentos serão necessários, uma nova religião iria nascer, o que para nós era em breve, pois não sei se perceberam, mas o tempo espiritual é diferente do tempo material. Preparamo-nos, conforme nos foi ordenado. Até que a Sagrada Umbanda foi inaugurada. Então eu fui nomeado Guardião à esquerda do Sagrado Omulu-yê e então pude assumir meu trono, meu grau e meus degraus. Novamente assumi a obrigação de conduzir meu antigo algoz, que hoje já está no encima, feito meritóriamente alcançado, devido a todos os trabalhos e sacrifícios feitos em favor da Umbanda e do bem.

Hoje, aqui de meu trono no embaixo, comando a falange dos Exus Caveira e somente após muitos e muitos anos eu pude ver minha face em um espelho e notei que ela é igual à de meu tutor querido o Grande Senhor Exu Tatá Caveira, ao qual devo muito respeito e carinho. Não confundam Exu Caveira, com Exu Tatá Caveira, os trabalhos são semelhantes, mas os mistérios são diferentes. Tatá Caveira trabalha nos sete campos da fé; Exu caveira trabalha nos mistérios da geração na calunga, porque é lá que a vida se transforma, dando lugar à geração de outras vidas, mas não se esqueçam que há sete mistérios dentro da geração, principalmente a Lei Maior, que comanda todos os mistérios de qualquer Exu. Onde há infidelidade ou desrespeito para com a geração da vida ou aos seus semelhantes, Exu Caveira atua, desvitalizando e conduzindo no caminho correto, para que não caiam nas presas doloridas e impiedosas do Grande Lúcifer-Yê, pois não desejo a ninguém um décimo do que passei. Se vossos atos forem bons e louváveis perante a geração e ao Pai Maior, então vitalizamos e damos forma a todos os desejos de qualquer um que queira usufruir dos benefícios dos meus mistérios. De qualquer maneira, o amor impera, sim o amor, e por que Exu não pode falar de amor? Ora se foi pelo amor que todo Exu foi salvo, então o amor é bom e o respeito a ele conserva-nos no caminho. Este é o meu mistério. Em qualquer lugar da calunga, pratique com amor e respeito a sua religião e ofereça velas pretas, vermelhas e roxas, farofa de pinga com miúdos de boi. Acenda de um a sete charutos, sempre em números ímpares e aguardente. De acordo com o número de velas, se acender sete velas, assente sete copos e sete charutos, assim por diante. Agrupe sempre as velas da mesma cor juntas e forme um triângulo com o vórtice voltado para si, as velas roxas no vórtice, as pretas à esquerda e as vermelhas à direita, simbolizando a sua fidelidade e companheirismo para conosco, pois Exu Caveira abomina traição e infidelidade, como, por exemplo, o aborto, isto não é tolerado por mim e todos os que praticam tal ato é então condenado a viver sob as hostes severas de meu mistério. Peça o que quiser com fé, e com fé lhes trarei, pois todos os Exus Caveira são fiéis aos seus médiuns e àqueles que nos procuram.

A falange de Exus Caveira pertence à falange do Grande Tatá Caveira, que é o pai de todos os Exus assentados à esquerda do Divino Omulu, os demais não posso citar, falo apenas do meu mistério, pois dele eu tenho conhecimento e licença para abrir o que acho necessário e básico para o vosso aprendizado, quanto ao mais, busquem com vossos Exus pessoais, que são grandes amigos de seus filhos e certamente saberão orientar com carinho sobre vossas dúvidas. Um último detalhe a ser revelado é que todos os que têm Exu Caveira como Exu de trabalho ou protetor, é porque em algum momento do passado, pecaram contra a criação ou à geração e ambos, protetor e protegido tem alguma correlação com estes atos errôneos de vidas anteriores. Tenham certeza, se seguirem corretamente as orientações, com trabalho e disciplina, o mesmo que sucedeu com meu antigo e grande sumo sacerdote, sucederá com vocês também, porque este é o nosso desejo. Mais a mais, se um Exu de minha falange consegue vencer através de seu médium ou protegido, ele automaticamente alcança o direito de sair do embaixo e galgar os degraus da evolução em outras esferas.

Que o Divino Pai maior possa lhes abençoar e que a Lei Maior e a Justiça Divina lhes dêem as bênçãos de dias melhores.

Com carinho
Senhor Exu Caveira.