terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Magia Divina e o Tempo na Umbanda: relato pessoal, firmeza e assentamento


Para escrever sobre Magia Divina preciso retroceder no tempo e voltar ao ano de 1982, quando eu estava sofrendo (já naquela época) pesados ataques do baixo astral, ataques estes desfechados a partir de magias negativas feitas por concorrentes que queriam me atingir materialmente, porque eu possuía uma próspera Casa de Carnes em São Caetano do Sul.
O que eu já havia aprendido na Umbanda era o que todos os umbandistas aprendiam (e ainda aprendem hoje), e isso não era suficiente para cortar demandas feitas por pessoas conhecedoras das magias negativas mais terríveis. Lembro-me que, então, começaram a chegar alguns Guias Espirituais diferentes, ainda que se apresentassem como Caboclos, Pretos Velhos ou Exus, mas que também me diziam que eram “Magos”. E faziam algumas coisas até então desconhecidas por mim, mas que ajudavam a cortar aquelas magias.
Eram Guias de Umbanda e eram magos, e isto (a magia) me atraiu e ali começaram a ensinar-me coisas até então não ensinadas nos Centros que eu havia frequentado como médium.  E, em 1984, a coisa só piorou, porque abrimos o nosso Centro de “fundo de quintal” (em um porão para ser mais exato) em um bairro (Jardim Ercília) cheio de Terreiros e de pessoas que viviam de dar consultas e de fazer trabalhos remunerados para seus clientes.
Então começaram a vir demandas, tanto do meu lado comercial, quanto espiritual, e eu havia virado “garçom de Exu”, de tantos despachos (oferendas) que eu tinha que fazer para eles quebrarem as demandas feitas contra mim. Creio que isso foi o desencadeador do meu desprezo contra quem faz magia negativa e, creio eu, minhas explosões de revolta contra aquele
estado das coisas porque, conversando com amigos, eles me diziam que com eles era a mesma coisa: choques com o baixo astral e demandas!

Também creio que meu inconformismo com aquele estado das coisas alcançou alguma esfera superior e comoveu os poderes divinos, pois os Guias-Magos começaram a ensinar-me coisas simples que cortavam magias negativas poderosíssimas feitas por profundos conhecedores delas, alguns até com “cursos” de especialização nesse campo feitos com feiticeiros de outros países.
Uma das primeiras magias que me ensinaram foi a do Tempo e como firmá-lo de uma forma totalmente diferente da forma usada nos Cultos de Nação, e ensinaram-me que Iansã é Guardiã Divina dos Mistérios do Tempo, mas que havia uma divindade feminina, Logunan, que forma um par vibratório com Oxalá e que ela sim é a Regente dos Mistérios do Tempo.
Ensinaram-me que Iansã rege os mistérios do Ar e que Ogum é o Guardião dos mistérios regidos por Iansã. Ensinaram-me como firmar o “Tempo” e seus poderes religiosamente e iniciaram-me na Magia do Tempo, para eu poder ensiná-la a outras pessoas no futuro.
E quando eu firmei o Tempo no lado de fora do meu Terreiro de Umbanda (já em outro local), ali, na firmeza da minha mãe Logunan, eu cortava a maioria das demandas feitas contra mim ou meus “filhos de fé” sem usar mais elementos que uma vela branca, uma vela preta e uma cabacinha cheia de água amarrada em um bambu espetado na terra.  E os Guias-Magos diziam-me: “isto não é de nenhum Culto de Nação. É seu e dos seus irmãos umbandistas! Use e ensine quem quiser aprender a verdadeira Magia Divina da Umbanda Sagrada”.
E os Mestres-Guias-Magos insistiram na afirmação de que havia um Orixá feminino que gera em si os ciclos e ritmos da criação e é em si o mistério do Tempo e ela forma um par vibratório com Oxalá, que é em si o mistério do espaço multidimensional.
Ela gera o fator Tempo e Ele (Oxalá) gera o fator espaço. Juntos são o Tempo e o Espaço onde os outros Orixás se realizam religiosamente na vida dos seres. Mas que todos os umbandistas saibam disso: para terem o amparo de Logunan (do Tempo-Mistério) tanto para si, quanto para suas Tendas, é muito simples e fácil de ser feito, desde que creiam e queiram ter essa mãe do Tempo em suas vidas de forma consciente.
Como eu fui incumbido de abrir o culto ao Tempo na Umbanda, também tornei simples a sua firmeza e o seu assentamento.

FIRMEZA NO TEMPO
(em campo aberto):
a) 13 bambus de um metro fincados no solo em círculo;
b) 13 velas brancas e 13 velas pretas acesas em círculo, as pretas por fora do círculo de bambus e as brancas por dentro;
c) 13 copos de água entre os bambus;
d) No centro desse círculo, coloca-se uma cabaça (poronga) grande em pé com a tampa do gargalo cortada. A cabaça deve ser enchida com água limpíssima;
e) Nos bambus, deve-se amarrar fitas brancas e pretas (13 de cada cor);
f) No centro, também deve-se fincar um bambu com uma pequena cabaça amarrada nele, no seu alto (usando fita branca e preta), com o gargalo cortado e cheia de água. Após a queima das velas devem recolher esse bambu e levá-lo para o Centro ou para casa, fincá-lo no quintal (a céu aberto) e dali em diante devem firmar o tempo a cada sete dias.


A firmeza é simples e consiste em acender uma vela branca e outra preta perto do bambu e encher a cabaça, que está amarrada no bambu, com água. Após acenderem as velas e darem água ao Tempo, devem saudá-lo,curvando-se e tocando o solo com a testa, pedindo-lhe proteção para si, sua casa e sua família (se o culto for doméstico) ou para sua Tenda e seus filhos de fé, para os seus trabalhos espirituais e que todas as cargas negativas e demandas contra a Tenda sejam arrastadas para o Tempo e nele sejam esgotadas. Também pode pedir que elas sejam viradas e enviadas de volta para quem fez e quem mandou fazer de acordo com o merecimento de cada um, dentro da Lei Maior e da Justiça Divina.
O assentamento também é simples. Recolha a cabaça grande e leve para seu altar mantendo-a cheia de água e cobrindo a parte do gargalo que foi cortado coberto com um tecido branco.
OFERENDA
Tecido branco, velas brancas e azul-escuro, copo ou quartinha com água, frutas ácidas (laranja, uva, caqui, amora, figo, romã, maracujá azedo), licor de menta ou anis e flores (do campo, palmas brancas, lírios brancos).

PEDRA DE LOGUNAM PARA FIRMEZA, ASSENTAMENTO E OTÁ
Quartzo Fumê,Quartzo Fumê Rutilado ou Olho de Tigre. Aí tem uma firmeza, oferenda e assentamento do tempo na Umbanda, tudo isso foi transmitido a nós por quem é de direito: os Guias e Mentores de Umbanda Sagrada!


Fonte: “Tratado Geral de Umbanda” e “Fundamentos Doutrinários de Umbanda”, Rubens Saraceni, Editora Madras (www.madras.com.br).

2014 será regido pelos Orixás Xangô e Iansã


A afirmação do título acima é facilmente encontrada nos principais buscadores na internet e se mostrou, em nossa pesquisa, com alguns bons fundamentos que julgamos valer a pena dividir com os leitores. Nós, dos canais Umbanda, eu curto!, acreditamos que todos os Orixás e Guias da Umbanda estão (e estarão) próximos de nós a todo momento; basta chamar por Eles. Contudo, já virou tradição destacar um ou mais Orixás como regentes de um determinado ano e, assim, buscamos definições coerentes com as características dos Orixás para publicar aqui. Independente de qualquer enunciado, destacamos que a fé e reverência a todos os Orixás e Guias da Umbanda deve prevalecer sempre, em detrimento de um ou outro.
De acordo com vários Dirigentes e Pais/Mães de Santo de Umbanda e Candomblé pesquisados, o ano de 2014 será regido por Xangô e Iansã. A afirmação se dá por aproximação com estudos astrológicos, onde Júpiter será o planeta regente do novo ano, criando assim correspondência direta com Xangô. “Primeiro de janeiro de 2014 cai numa quarta-feira de Lua Nova, dia consagrado aos mesmos Orixás para não ter dúvida que é o casal do dendê que vai reger o nosso próximo ano”, afirma o consultor esotérico Edinho D’ Ogun em seu site, referindo-se ao dia da semana relacionado a Xangô e Iansã.
Xangô também é considerado o Orixá do fogo, já que é poderoso e inspira respeito por onde passa. Seu senso de Justiça é representado pelo raio e pelo trovão e, embora passe uma imagem repressiva, Xangô sempre soube separar o bem do mal.
Já Iansã é a Deusa dos ventos e das tempestades e oferece muito otimismo e auxílio nas grandes paixões. Possui um espírito aventureiro como nenhum outro e ama a liberdade acima de qualquer coisa. Considerada a mãe da ventania e dos trovões, Iansã impressiona pela sua independência. Sua imagem está ligada a uma mulher guerreira, que defende tudo com unhas e dentes, mas o amor e a alegria que ela espalha em todos os momentos são também suas características. 
Então, com Xangô e Iansã como regentes, o que então esperar de 2014?
Numa análise breve, é possível dizer que quem deseja ter um bom ano “terá que andar na linha”. Isso significa cumprir com suas obrigações e deveres, procurar o máximo possível agir corretamente e fazer tudo com os pés no chão para não sofrer as conseqüências futuras.  Haverá uma tendência de que as pessoas estejam bem mais vivas e atentas do que o normal e qualquer falha ou erro, por mais simples que possa parecer, poderá ser motivo de disputas e desentendimentos.  A influência de Iansã poderá surgir a partir de um comportamento geral das pessoas que estarão mais propensas a se libertar dos preconceitos e velhos hábitos. “Existirá um índice maior de pessoas preocupadas em se fazerem felizes do que dar ouvidos ao que os outros vão falar. Será muito comum ver as pessoas mais independentes, felizes, lutando por seus ideais”, afirmou o consultor.
Emídio de Ogum, em seu blog, faz uma outra aproximação interessante e que ajuda a pensar em como será o ano de 2014.  Segundo ele, no Horóscopo Chinês, 2014 será o “Ano do Cavalo”, o que também converge para Xangô e Iansã (devido ao elemento Fogo).  O Ano do Cavalo é bom para quase tudo, inclusive para quem busca romance, casamento e realização profissional. “Mas, para tudo, é preciso muita luta por seus objetivos, pois nada cairá do céu”, afirmou.
E disse também: “Este ano será bom para início de um trabalho ou abertura de empresa, será uma época boa para as decisões e projetos, também para promoções se este for seu objetivo. Estudar, criar e colocar em prática é a regra básica”.
A influência impulsiva do cavalo trará autoconfiança, ditará as ações e emoções. O tempo do cavalo é rápido, inspirará mudanças. Haverá uma liberdade de movimento em 2014, que invocará sentimentos impulsivos, renovação, transformação.
Neste contexto, vale a pena aproveitar a força espiritual do novo ano para colocar em prática projetos que estão parados e ideias que nunca saíram da gaveta. Transformar intenções em atitudes significa pensar, planejar e agir, sem demora e sem temor.
(Por Umbanda, eu curto!)

Será que todos somos médiuns?

Todos os seres humanos são médiuns, sem exceção!
A palavra médium tem origem no Latim e significa “meio”. É um meio de comunicação entre o mundo espiritual e o mundo material. A mediunidade é nata em todos os seres humanos.  É decorrente da conquista de valores morais e evolução espiritual.  Exemplo: Chico Xavier, que foi um médium missionário em meio aos homens e sempre teve como objetivo a prática da caridade.
Deus assim procede para que ninguém nunca possa dizer: “Não tenho fé porque fui privado do contato com os espíritos”!  Os kardecistas catalogaram perto de 60 tipos de mediunidade, sendo as mais comuns: Psicografia, Vidência, Auditiva, Intuitiva, Sensitiva, de Cura, Efeitos físicos e de Incorporação.
Abaixo, uma breve explicação sobre elas:

Psicografia
O Guia envia seus pensamentos à mente do médium concentrado. Em seguida, envia comandos ao sistema nervoso do médium e passa a ter domínio sobre o braço e a mão do médium e nessa situação a escrita se desenvolve. A caligrafia é normalmente a mesma que o espírito adotava quando encarnado.
Vidência
Na mediunidade de vidência, o médium vê e pode conversar com os espíritos. Porém, esse tipo de vidência é rara. O mais comum é a vidência momentânea, situação em que podemos ver os espíritos em frações de segundo.
Auditivos
Na mediunidade auditiva, o médium ouve as vozes dos espíritos, mas não ouve com os ouvidos e sim, com a mente. O médium ouve a comunicação como se fosse um pensamento, mas ouve com timbre, onde pode distinguir um espírito masculino ou feminino, se ele está irritado ou se o espírito comunicante é amigo.

Intuitivos
Neste caso, a intuição de um espírito, envia sugestões através de seus pensamentos ao médium. Cabe ao médium ter discernimento nessas comunicações a fim de não cometer erros. A intuição pode muito nos ajudar, mas se a fé for cega poderá ser perigoso.

Sensitivos
Os sensitivos quando desenvolvidos corretamente são muito úteis, principalmente em reuniões em que não estão presentes os videntes. São capazes de perceber vibrações nas pessoas, objetos, plantas, animais e ambientes, mas a principal característica é sentir a presença dos espíritos e suas vibrações.

Curadores
Este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Existe a necessidade de elevada espiritualidade para que esse tipo de médium atinja seus objetivos. São médiuns raros.

MEDIUNIDADE DE INCORPORAÇÃO
Como sabemos a mediunidade de incorporação pode ser: Consciente, Semi-consciente e Inconsciente. Abaixo, descrevemos com mais detalhes:


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Consciente
Na mediunidade de incorporação consciente o Guia aproxima-se do médium e faz ligações apenas junto ao cérebro de seu médium e a ele envia seus Pensamentos. Nesta situação o Guia se valerá também de outros tipos de mediunidade que o médium apresente como, por exemplo, a mediunidade intuitiva, a auditiva e a sensitiva.
O Guia de um médium consciente sempre irá utilizar todos os meios que tiver ao seu alcance para se fazer compreendido e transmitido aos seus consulentes.
Neste caso o médium permanecerá consciente e notará todas as situações que ocorram no ambiente dos trabalhos e quando desenvolvido corretamente e ciente de seu papel como médium, a atuação de seu Guia aumentará Gradativamente através da assiduidade do médium nos trabalhos, situação em que o médium quanto mais assíduo nos trabalhos, mais passa a perceber movimentos dos seus braços, pernas e da boca sem o seu comando e nesse patamar caminha para semi-consciência.
Por ser a mediunidade de incorporação consciente a mais comum, é ela que mais confusão faz na mente de um médium no inicio de sua missão, o que o faz muitas vezes duvidar das comunicações enviadas à sua mente, onde imagina estar transmitindo com suas próprias palavras as comunicações que lhe Chegam a mente o que não corresponde a realidade que vive o médium consciente quando integrado a uma corrente séria.
O médium consciente quando firme e convicto de sua missão mediúnica não dá importância ao fator consciência de sua mediunidade e segue com naturalidade na sua missão, adaptando-se aos meios que seu Guia usa para se comunicar e se fazer compreendido.
Quanto mais dedicado à sua missão é o médium consciente, maiores serão as influências de seus Guias, que vão gradativamente se apresentando com maior força. Mediunidade exige dedicação e treinamento constante: quanto mais diciplinado, menos propenso a dúvidas ficará qualquer médium. Na aproximação do Guia que tenta fazer as ligações necessárias entre ele e o médium são comuns os tremores do corpo e o aumento forte da respiração do médium.

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Semi-consciente
É Semi-consciente quando o Guia atua sobre o cérebro e o duplo etéreo do médium movimenta os órgãos da fala e os membros do médium com maior facilidade e naturalidade, mas o médium poderá ter ainda em grande parte a visão do que ocorre à sua volta e percebe em grande parte o que ocorre no ambiente dos trabalhos.
Nesta situação, o médium ao final da incorporação terá vagas lembranças dos fatos e pessoas que com o seu guia tiveram contato.  A manifestação do Guia será forte e claramente sentida pelo médium. Porém, a lembrança dos fatos desaparece rapidamente, podendo-se comparar a um sonho, rapidamente esquecido. Esse tipo de mediunidade já é menos comum, ou seja, a cada 100 médiuns em início de seu desenvolvimento, 15 ou 20 estarão desta forma classificados. Na aproximação do Guia que tenta fazer as ligações necessárias entre ele e o médium, também são comuns os tremores do corpo e o aumento forte da respiração do médium, sendo que isso ocorre pelo mesmo motivo, o deslocamento sutil do duplo etéreo do médium.

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Inconsciente
É médium inconsciente quando o Guia atua de forma ampla sobre o espírito, o cérebro e o duplo etéreo do médium, ocasião em que a pessoa adormece, mas permanece ao lado do seu corpo, ligado fortemente por um cordão magnético, também conhecido como cordão prateado.
Neste caso, o controle do Guia sobre o corpo do médium é total. Uma vez terminada a incorporação, o médium de nada recordará dos fatos ou pessoas que com os seus Guias tiveram contato. Esse tipo de mediunidade NÃO É COMUM. Na média, a cada 100 médiuns em início de seu desenvolvimento, de 1 a 3 médiuns poderão ser totalmente inconscientes. Em qualquer situação, as ligações de um Guia ao corpo astral de seu médium são complexas e difíceis de explicar e exige do Guia grande aprendizado.
Extraído e Adaptado: www.nuss.com.br