terça-feira, 3 de dezembro de 2013


Salve irmãos de fé.....

Alguém sabe o motivo de em muitos terreiros os guias, mas os da linha da esquerda, utilizarem a pólvora como um de seus elementos principais??? Pois bem, acredito que muitas pessoas possuem este tipo de dúvida e coloco aqui o motivo dos guias se utilizarem deste poderoso artefato contras as baixas energias do astral.

A “Roda de Fogo” ou Fundanga é instrumento utilizado pela Gira de Guardiões, onde somente pode ser realizada, com a presença do Sacerdote Pai ou Mãe de Santo do Terreiro. Ela é presidida pelas entidades Chefe, onde respeitosamente é elaborada a corrente de Luz vibratória dos médiuns onde o Guardião (ou Exu) Sr. Tranca Ruas das Almas, juntamente com o Guardião Sr. Do Lodo, “ ativam um espiral, abrindo o portal de uma terceira dimensão”, onde no momento da queima da pólvora, ocorre uma desobsessão em massa do filho favorecido no centro do círculo. É nesta hora que os Guardiões agem pela misericórdia Divina, buscando onde quer que estejam, os espíritos trevosos obsessores, espíritos e falanges das sombras, chefes e todos os seus comandados. Toda esta falange é retirada da orbe terrestre, através de um minucioso plano estratégico traçado pelos Guardiões, pq caso contrário, continuam atuando e desestruturando o equilíbrio do Planeta e de seus habitantes. 

A massa densa e negativa que envolve a Terra, é fruto de espíritos inferiores que atuam com o auxílio dos que ainda habitam o planeta vibrando negativamente, com pensamentos e atos egoístas, invejosos, ambiciosos e de desamor. Estas atitudes vão contra as Leis Divinas, onde Olorum (Deus todo Poderoso ou Zambi) “gritou” pelo Amor Maior, através de seu filho Perfeito Oxalá (Jesus) que ensinou e demonstrou o Amor em sua forma e ação sublime. É com a autorização e em nome de Oxalá que tão despretensiosamente e caridosamente vêem todo esse exército - Os soldados da Luz – trabalhar em prol dos irmãos necessitados de auxílio e de Luz.

***Lembramos que todo o material utilizado compõe um elemento magístico poderosíssimo. 

Isto nos traz um alerta, quanto à manipulação e responsabilidade de utilizá-lo, visto que se não forem elaborados os procedimentos pelos Guardiões Chefe do terreiro, esse material pode ser desastrosamente utilizado com a mesma força e ação poderosa pelas trevas,.. isto implica na utilização dos mesmos pelas trevas, ativando esse portal tridimensional e soltando todos os maus elementos espirituais trevosos, causando danos e comprometimentos irreparáveis a quem esta manipulando e utilizando este elemento magístico (mesmo que por falta de conhecimento ou ingenuidade), daí a grande responsabilidade de quem preside a as executa.

A pólvora é usada como um acelerador de partículas. Através da liberação de gases, acontece o movimento frenético das moléculas de água que compõem o nosso campo magnético, campo esse denominado de aura, energia resultante da queima das células de todo o corpo dirigido pelo cérebro, centro de comando do espírito, energia sutil apenas detectada em fotolitos.

A pólvora em queima, libera seus elementos sutis que interage neste campo liberando o vampirizado do cordão fluídico denso e negativo. Com o movimento frenético das moléculas dá-se o rompimento do mesmo liberando ambos os espíritos para o devido tratamento, acontecendo de forma idêntica com as larvas astrais que como ‘’carrapatos’’ do espírito se desgrudam e se desintegram na corrente elétrica provocada pela queima da pólvora.

Nenhum espírito é queimado pela pólvora. A sensação do mesmo na hora da queima é de um choque elétrico provocando na maioria das vezes um desmaio temporário ou um torpor dos sentidos do espírito inferior.

A pólvora é um elemento material utilizado para vibracionar o campo das energias sutis do corpo, assim como a água fluidificada é carregada de energia para que atue nas células do corpo físico e também igualmente como o passe magnético potencializador dos elétrons que pulam das mãos do médium para o corpo do receptor agindo nas células do corpo físico, fazendo então uma limpeza em todo corpo astral, espiritual e perispiritual do indivíduo assistido.




Axé meus irmãos de fé.....

No dia 04/12 comemoramos o dia de Iansã e portanto coloco algumas características dessa nossa mãe guerreira para que todos conheçam um pouco de sua luz e sua magia!!!!

Mãe Iansã é a Divindade que está assentada na Linha da Lei, onde atua de forma ativa para absorver os desequilíbrios cometidos no campo da Lei e da Justiça Divinas e reconduzir os seres ao equilíbrio.

A Divindade Iansã é a qualidade Direcionadora de Deus (Olorum), que atua de forma permanente em toda a Criação para que tudo e todos possam evoluir. Tudo na Criação Divina é direcionado para um caminho de evolução.

Enquanto Pai Ogum é o aspecto fixo da Lei, a irradiar continuamente as Vibrações Divinas da Lei Maior e com elas amparando e sustentando a tudo e todos de forma passiva (sem forçar ninguém), Mãe Iansã é o aspecto móvel da Lei, que entra em ação para corrigir os desvirtuamentos dos seres neste Sentido da Vida e recolocá-los no caminho reto, de modo que também a Justiça Divina seja obedecida e aplicada. Pois quando a Lei não é cumprida, a Justiça também é desrespeitada. Iansã pune quem desvirtua ou se aproveita dessas Qualidades Divinas com más intenções.

Seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres. Como Divindade Direcionadora e Movimentadora, Mãe Iansã retira os seres de um caminho de estagnação evolutiva (provocada por seus desequilíbrios emocionais) e ajuda a encaminhá-los, cortando os seus excessos emocionais e colocando-os no caminho correto a seguir.

Além de corrigir excessos no campo da Lei e da Justiça, Yansã é o Orixá que dá amparo àqueles que vivem em obediência à Lei e à Justiça Maiores, protegendo-os e combatendo as injustiças que estejam enfrentando. Sua atuação é ativa, mobilizadora e emocional, mas não é inconseqüente ou emotiva, porque Ela é o Sentido da Lei, e a Lei não é apenas punidora, mas também direcionadora.


Irradiação: Lei/Direcionamento

Campo de atuação: Movimentadora e Ordenadora

Elementos: Ar

Cores: Amarelo ou também o vermelho

Data comemorativa: 04 de dezembro

Sincretismo: Santa Bárbara e Santa Brígida

Eparrei Iansã!!!!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Dicionário da Umbanda


Axé irmãos....

Muitas vezes nossos consulentes ouvem expressões em nossas giras mas ficam se perguntando o que o Preto, Caboclo ou Exu quiseram dizer. Portanto resolvi colocar aqui um pouco da linguagem que é falada em nossas giras.

A

Amaci
Líquido preparado com o suco de diversas plantas e que tem aplicação na firmeza de cabeça dos médiuns. É o principal banho para o ritual da “lavagem de cabeça”.

Ancora
Simboliza segurança. É usado para trazer segurança e equilíbrio no plano físico, financeiro e também para se livrar de perdas materiais.

Aruanda
Mundo espiritual onde vivem os orixás.

Axé
Axé representa força, ânimo, energia positiva. Mandar um axé para alguém é desejar que esta energia do Bem esteja sempre com a pessoa.

B

Babalaô
Pai de Santo; Chefe de Terreiro (masculino). Segundo Eduardo Higa, “Babalaô significa ‘Pai do Segredo’ e é uma nomenclatura dada apenas aos Sacerdotes de Ifá. Pai de Santo, é Babalorixá”. A palavra Babalaô é também uma adaptação/derivação de “babalawo” da língua Yorubá, usada inicialmente em virtude de aportuguesamento de palavras estrangeiras por escritores e leigos em […]

Banho de descarrego
Banho preparado com ervas de acordo com o Orixá de cada indivíduo, para purificar e afastar vibrações negativas.

Bater cabeça
É um ritual de se direcionar até o congá e reverenciar os Guias e Orixás da Umbanda em frente ao altar, saudando-os.

C

Cabeça-feita
Médium que já passou pelo ritual do Amaci. Médium desenvolvido, já cruzado no Terreiro, com seu Orixá de cabeça definido.

Cadinho
Cadinho ou Crisol é um recipiente em forma de pote, normalmente com características refratárias, resistente a temperaturas elevadas, onde se fundem materiais em altas temperaturas.

D

Defumação
É um processo em que se queima ervas e outros elementos naturais com o objetivo de energizar, afastar energias negativas ou neutralizar energicamente o ambiente através da fumaça. Também pode ser utilizado para defumar objetos (ex: guias) e os médiuns antes dos trabalhos de Umbanda.

Deidade
Conjunto de forças e/ou intenções que se materializam em uma divindade. A deidade é a fonte de tudo aquilo que é divino.

E

Ebó
Oferenda para os Orixás e Guias para interceder no plano espiritual.

F

Falange
São agrupamentos de espíritos/irradiações divinas que possuem a mesma vibração/afinidade.

Ferradura
Simboliza energia positiva e sorte. Representa também o esforço e o trabalho. Os ciganos a têm como um poderoso talismã que atrai boa sorte, fortuna e afasta a má sorte.

G

Gira
Ritual aberto ou fechado em que os espíritos são incorporados na Umbanda.

L

Lua
Simboliza a magia e os mistérios e também o poder feminino.

M

Mãe de Santo
É a líder do Terreiro. Sinônimos: ialorixá, madrinha ou apenas mãe.

Marafo
Marafo é a cachaça, pinga ou aguardente, como a conhecemos popularmente. O termo é usado pelos Caboclos, Pretos velhos e Exus na Umbanda.

Maria Mulambo
Maria Mulambo (ou Molambo) é o nome dado a uma irradiação da Linha das Pombagiras, entidades que se apresentam na Umbanda. São entidades do Bem, que trabalham o estímulo e o gosto pela vida.

Marola
Significa ondulação na superfície marítima, mas na Umbanda o termo também é encontrado como nome de Guias/Entidades.

P

Pemba
É um objeto presente desde os rituais africanos mais antigos que se tem conhecimento, utilizado em rituais, cerimônias, festas, reuniões ou solenidades que possuam cunho espiritual. Os médiuns e as Entidades Espirituais que atuam na Umbanda costumam desenhar pontos riscados com um giz de calcário, conhecido como Pemba.

Prana
Em sânscrito significa "sopro de vida".

S

Saravá
Assim como axé, finaliza conversas e tem conotação positiva quando pronunciada. Também pode significar "salve" ou "viva", por influência africana no idioma português.

T

Trevo
É o símbolo mais tradicional de boa sorte. O trevo de quatro folhas é usado para atrair felicidade e fortuna. Quando se encontra um trevo de quatro folhas na natureza pode-se esperar boas notícias.

Z

Zé Pilintra
Ou também Zé Pelintra, é uma entidade das mais populares na Umbanda; teria sido o espírito de um malandro, de terno branco e gravata vermelha, arquetípica de negros cariocas dos anos 1940 e 50.

Abraços!!!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Oxalá


Na Umbanda, Oxalá é a Divindade que está assentada na irradiação do Trono da Fé, cuja essência é Cristalina. Pai Oxalá é o Regente da Linha da Fé, e suas irradiações universais são retas e contínuas, projetando-se de forma passiva a todos, o tempo todo.
Oxalá é o raio reto, o caminho reto que conduz a Deus (Olorum). E Logunan é a espiral, a onda circular que colhe todos os que se desviaram da retidão religiosa, para recolocá-los nesse caminho reto, o único que nos leva para Deus.
A essência Cristalina de Pai Oxalá contém os Fatores Magnetizador e Congregador que estão na base da Criação. Sem o primeiro, nada existiria em nosso planeta, já que a vida se sustenta por vibração magnética. Já o Fator Congregador tem por função reunir tudo e todos numa mesma direção e objetivo maior, dando forma e mantendo a estrutura de todas as coisas e seres.
Cada Orixá tem um magnetismo específico e Oxalá é o próprio Magnetismo, que foi essencial para a Criação inclusive do nosso planeta, bem como de tudo que nele existe. Por esse motivo, Oxalá é associado ao Sol (cuja luz é essencial para a vida na Terra) e ao próprio planeta Terra (pois não haveria vida aqui, sem o Fator Magnetizador de Oxalá).

Irradiação: Fé
Campo de atuação: Magnetizador e Congregador
Elementos: Essência Cristalina
Cores: Branco (também o dourado e o transparente)
Data comemorativa: 25 de dezembro
Sincretismo: Jesus Cristo
(Por Umbanda eu Curto)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

As Linhas de Umbanda


Em cada Trono Divino há uma Divindade assentada que na Umbanda nominamos de Orixás Regentes.

As Sete Linhas de Umbanda são as irradiações dos Sagrados Orixás Regentes e cada uma dessas essências atua num padrão vibratório que estimula e dá sustentação aos seres que vivem em todas as dimensões do planeta.
 A Umbanda tem nas Sete Linhas seus fundamentos:
A Linha Cristalina estimula a Fé (Religiosidade)
A Linha Mineral estimula o Amor/Concepção (Sexualidade)
A Linha Vegetal estimula o Raciocínio (Conhecimento)
A Linha Ígnea estimula a Razão (Juízo)
A Linha Eólica estimula a Ordem (Equilíbrio)
A Linha Telúrica estimula o Saber (Evolução)
A Linha Aquática estimula a Maternidade (Geração)
 São sete irradiações, sete padrões vibratórios, sete sentidos da vida e sete sentimentos.  As sete irradiações dão origem a sete essências, que dão origem a sete elementos, que por sua vez dão origem a sete tipos de matérias ou energias.
Todas são Irradiações Divinas e cada uma flui num padrão próprio que influencia quem é alcançado por ela,alterando nossos sentimentos mais íntimos e o nosso padrão vibratório, estimulando sentimentos mais nobres e virtuosos.  Assentados nestas linhas estão os Divinos Orixás, da seguinte forma:
 A Linha da Fé
Oxalá
Oyá Logunan
A Linha do Amor
Oxum
Oxumaré
A Linha do Conhecimento
Oxóssi
Obá
A Linha da Razão
Xangô
Iansã
A Linha da Ordem
Ogum
Egunitá
A Linha da Evolução
Obaluayê
Nanã
A Linha da Geração
Iemanjá
Omulu

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Um pouco sobre a entidade EXU



Salve povo de Aruanda....

Hoje venho aqui falar um pouco sobre esta entidade tão querida da nossa Umbanda e contar um pouco de sua história.

A origem de Exu é africana: ele é um Orixá proveniente do panteão iorubano (etnia fixada geograficamente na Nigéria). Ele é o mensageiro, aquele que rege toda a comunicação, guardião das cidades, das casas, da sexualidade e de todas as coisas que são criadas pelo homem. Ele é o Orixá de tudo que esta em movimento.

Exu tem o direito de receber oferendas primeiro, a fim de assegurar que tudo corra bem, assim é que ele garante a comunicação entre o Céu e a Terra, o mundo espiritual e o físico.

Tanto na África em colonização quanto mais tarde, quando os negros escravos vieram para o Brasil, Exu - por sua natureza brincalhona e irreverente, e sua representação, que consiste em um falo (pênis) humano ereto (como mostrado na imagem acima), simboliza a fertilidade - foi sincretizado como o Diabo do catolicismo (mas isto explicarei em outro post!!). Assim, por toda a sua maneira provocadora e astuciosa, sem falar nas claras menções sensuais e sexuais de seu culto, Exu foi confundido com  Satanás ou Lúcifer, o Anjo Caído. No panteão iorubano, essa associação, além de ofensiva, é absurda, pois Exu na esta em oposição a Deus, nem é a personificação do mal; pelo contrário, reger a materialidade garante o equilíbrio entre o mundo físico e o espiritual.

Justamente por estar tão ligado à materialidade, ele não tolera dívidas: se uma coisa é prometida a Exu, ela deve ser cumprida, ou ele se divertirá provocando problemas e calamidades às pessoas que não cumprem a suas palavras.

Como ele aceita quase tudo que lhe é ofertado, especialmente coisas mundanas e acessíveis, como farofa e otim  (bebida alcoólica, em iorubá), desenvolveu-se uma crença de que pode-se fazer pactos ou "comprar" os atos de Exu ou uma Pombagira. O mito é, na verdade, uma má interpretação do ato do compromisso: ninguém compra uma entidade da esfera espiritual com uma garrafa de cachaça ou qualquer outra coisa.

Os Exus, diferente das outras linhas, são espíritos de diversos níveis de evolução espiritual, que incorporam nos médiuns e interagem de diversas formas com os seres humanos. Em nossa Umbanda, não se manifesta o Orixá Exu, mas sim seus mensageiros e falangeiros, que são espíritos que vem na Terra para orientar e ajudar. Na umbanda ele tem a função de mensageiro, o que leva os pedidos e oferendas dos homens aos Orixás.

Os nomes de Exu  


O Exu Orixá tem muitos nomes, dependendo da função que desempenha. Alguns dos mais comuns, e que são de conhecimento mais amplo são: Esu, Bara, Ibarabo (que deu origem ao Exu Marabô), Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Egélú, Yangí, Ònan, Lállu (que deu origem ao Exu de mesmo nome na Umbanda), Tiriri (que deu origem ao Exu de mesmo nome na Umbanda), Ijèlú. Por ser típico do Candomblé apresentamos somente a título de curiosidade seus nomes.

Na umbanda podem possuir nomes mais distintos como alguns exemplos mostrados abaixo:

  • Exu Arranca Toco
  • Exu Asa Negra
  • Exu Carangola
  • Exu Cascavel
  • Exu Bara
  • Exu Catacumba
  • Exu Caveira
  • Exu Belzebu
  • Exu Brasa
  • Exu Capa Preta
  • Exu Sete Encruzilhadas  
  • Exu Capa Preta das Almas
  • Exu Cobra
  • Exu Curador
  • Exu do Fogo
  • Exu Gira Mundo
  • Exu Veludo
  • Exu Marabô
  • Exu do Rio
  • Exu Mulambo
  • Exu Tiriri
  • Exu Veludo da Mata
  • Exu Tranca-rua de Embaré
  • Exu Tranca-rua
  • Exu dos Ventos
  • etc.

Em geral, somente os Exus muito evoluídos e que, de alguma forma, respondem diretamente a Orixás ou ao próprio Exu Orixá, dispõe de classificações como das Matas, Embaré, das Almas, etc. Isto porque eles são arquétipos dos mensageiros: o nomeque acrescentam ao seu título está relacionado com a sua regência:

- Das Almas: regência de Omulu ou Nanã, tem a ver com cemitério, morte (tanto no sentido físico como no sentido figurado de recomeço e renovação), saúde, etc.
- Das Sete Encruzilhadas: regências de Ogum, Oxóssi ou Exu Orixá, relaciona-se com demandas, caminhos, metas e objetivos profissionais e materiais.
- Das Matas: regências de Ossaim e Oxóssi, tem a ver com prosperidade, fartura, trabalho.
- Do Mar ou da Calunga: regências de Oxum e Yemanjá - embora o Exu ser regido por um Orixá feminino seja mais raro, não impossível - relaciona-se com faxmília, espiritualidade, fertilidade, criatividade.
- De Embaré: regências de Oxalá e, embora o significado da palavra tenha a ver com "águas que curam" no tupi antigo, relaciona-se com Exus Mirins.

Bem...fico por aqui. 
Em outros posts colocarei um pouco mais sobre esta maravilhosa entidade e ainda o porque que as pessoas relacionam Exu com o Diabo e ainda um pouco sobre Pombagiras.

Abraços...



terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ignorância em nome dos Orixás


Achei esta matéria em um site na Internet e achei muito pertinente a cerca de nossa religião e como algumas pessoas utilizam o nome da Umbanda e prol de algo NEFASTO e sem sentindo.

Texto do Irmão Alexandre Cumino, do Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca

De tempos em tempos, aparece algum caso de crime relacionado com Magia Negativa, associado ao mal, chamado vulgarmente de Magia Negra. De tempos em tempos, vemos associarem alguns destes crimes à Umbanda, ao Candomblé ou aos Cultos Afros em geral. São crimes bárbaros, macabros mesmo, com mortes de crianças e estupros, motivados pelo que há de pior e mais baixo no ser humano.

Enquanto nós ficamos aqui dizendo que isto não tem nada a ver com Umbanda, Candomblé e Cultos Afros; os criminosos, presos, se identificam com estas nossas amadas religiões e ainda dizem fazer pactos com satã, demônio, quando não colocam os nomes sagrados de nossos guias e orixás no meio de seus crimes hediondos e passionais.

SABEMOS que nossa religião é linda, que não faz pactos, que não existe demônios em nossos cultos.

Há anos, venho batendo na mesma tecla: Umbanda é Religião e só pode fazer única e exclusivamente o bem! Enquanto isso, pessoas que nem tem idéia do que seja religião continuam abusando de nossos fundamentos e valores de forma negativa e invertida. O conceito sobre religião está totalmente banalizado e distorcido, qualquer um cria uma nova religião e faz o que quer com ela, esta é a verdade.

Sempre lembro a primeira definição de Umbanda dada por seu fundador, o primeiro umbandista, Zélio de Moraes e sua entidade Caboclo das Sete Encruzilhadas: “Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade!”


Enquanto isso, no próprio seio da Umbanda, convivemos com praticantes que não tem a menor idéia de quem foi, ou o fez, o primeiro umbandista. Pessoas que “dirigem” terreiros, que se denominam sacerdotes (pai de santo, mãe de santo, padrinho, madrinha…) e proíbem seus médiuns de estudar.

O medo e a ignorância são portas abertas para as trevas interiores e exteriores. É aqui que o EGO, a vaidade e os vícios mais baixos do ser humano se instalam.
E todos os dias vemos anúncios de pessoas oferecendo “serviços” de magias negativas em nome de nossos sagrados valores, de nossa religião, de nossos guias e orixás. Deitam e rolam com os nomes de Exu e Pombagira, usam e abusam.
As pessoas continuam procurando um atalho, um caminho mais fácil, para externar seu negativismo acumulado, não querem dor, não querem crescer, não querem assumir seus atos, não querem ser conscientes, querem apenas satisfazer os sentidos viciados no mundo das ilusões, das paixões que arrastam para atitudes emocionais animalizadas e instintivas.
Ainda se vê na figura do médium um poder de manipular vidas! Um poder de manipular o destino, um poder que pode ser comprado, negociado.
NÃO EXISTE OUTRA SAIDA PARA A RELIGIÃO,
É PRECISO MUDAR O SENSO COMUM,
É PRECISO ALCANÇAR O INCONSCIENTE COLETIVO!
E A UNICA FORMA É COM EXEMPLO E NÃO APENAS COM PALAVRAS.
Um consulente pode apenas frequentar um terreiro, sem ter a mínima idéia do que seja a Umbanda. Um consulente, um simples frequentador, pode se denominar católico, ateu, à toa e o que quiser…
Este consulente pode, sim, ele pode ser totalmente ignorante…
UM MÉDIUM NÃO PODE SER IGNORANTE!!!
UM MÉDIUM E PRATICANTE DE UMBANDA É FORMADOR DE OPINIÃO, SEMPRE!!!
O MÉDIUM É O TEMPLO DA RELIGIÃO!!! NÃO PODE SER O TEMPLO DA IGNORÂNCIA!!!

Umbanda não é e não pode ser para pessoas ignorantes. E aqui fica bem claro o sentido e significado da palavra ignorante: aquele que ignora algo. Não se pode praticar Umbanda de forma ignorante, sem saber o que está sendo praticado.
Quando não estamos bem, e todos passamos por momentos e períodos de negatividade, é o conhecimento, a razão, que nos mantém dentro de limites e parâmetros seguros. O médium ignorante torna-se uma porta aberta para as trevas.
E vamos continuar vendo casos e mais casos em que a ignorância rouba, assalta, o nome da umbanda e de nossas entidades.
COMO VAMOS MUDAR ISSO???
Ignorância se vence com conhecimento e estudo…

O Consulente


Olá a todos....

Sei que estou meio em defasagem com as postagens aqui do Blog, mas acontece que como todos, eu trabalho em uma Empresa e muitas vezes fica difícil eu conseguir postar alguma coisa, mas vou procurar empregar um ritmo mais intenso para que eu faça nosso Blog rodar com mais pessoas acessando.

Nesta matéria, resolvi colocar uma declaração do grande sacerdote Jorge Scritori do Instituto Cultural Sete Porteiras do Brasil sobre os Consulentes, as pessoas que vão aos Centros em busca de uma palavra e em busca de aconselhamento. Nota-se que muitas deles não vão para isso, mas sim em busca de namorados, trabalhos melhores e promoções e este sacerdote, com toda a sua sabedoria, nos mostra e deixa claro como estas pessoas podem melhorar suas vidas.

Abraços e axé a todos!!


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Origens Orixá Nanã – Lendas, Histórias e Raízes Africanas


Na tradição africana, a Orixá Nanã é reverenciada como Nàná Burúkú (ou Buruquê) e representa o ponto de contato da terra com as águas. É uma Divindade Suprema que fez parte da Criação: é a responsável pelo elemento barro, que emprestou a Oxalá para que este moldasse o primeiro homem e todos os seres viventes da Terra. Com a junção de água e terra surgiu o barro.
Com o Sopro Divino, o barro representa movimento. O movimento adquire estrutura. Do movimento e da estrutura surgiu a Criação, o Homem.
No Candomblé, por exemplo, afirma-se que Nanã é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado pela mitologia Iorubá, há séculos, quando o povo Nagô conquistou o Daomé (atual República do Benin), assimilando sua cultura e incorporando algumas Divindades dos povos dominados.
Nesse processo de encontro de culturas, Nanã (mito Jêje) assume a figura de mãe dos filhos do Daomé, enquanto Oxalá permanece como pai, também, dos daomeanos (embora não fizesse parte da sua mitologia primitiva). Os mitos daomeanos eram mais antigos que os Nagôs, pois vinham de uma cultura que se mostra anterior à descoberta do fogo. Então, tentou-se acertar essa cronologia colocando-se Nanã e o nascimento de seus filhos como sendo fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá. Neste contexto, Nanã é a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluayê) e Oxumarê.
Senhora de muitos búzios, Nanã sintetiza, em si, morte, fecundidade e riqueza. É associada à fecundidade e à prosperidade porque a Ela se pedem filhos; lembrando-se que nas antigas sociedades tribais ter muitos filhos era sinônimo de riqueza (capacidade de sustentá-los) e também de se perpetuar o nome daquele clã.
Para os Jêje, da região do antigo Daomé, seu nome significa “mãe, mãezinha”. Nessa região, Nanã é considerada a Divindade suprema. Talvez por isso, frequentemente é descrita como um Orixá masculino.
A vida está cercada de mistérios que, ao longo da História, atormentam o ser humano. A morte desperta no homem os primeiros sentimentos religiosos, e nessse momento Nanã se fez compreender: porque é na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram Seus mistérios. Nos primórdios da História, os mortos eram enterrados em posição fetal; o que remetia a uma idéia de nascimento ou renascimento. O homem primitivo entendeu que a morte e a vida caminham juntas, entendeu os mistérios de Nanã. Pois Nanã é o princípio, o meio e o fim; é o nascimento, a vida e a morte; é a origem e o poder. Entender Nanã é entender o destino, a vida e a trajetória do homem sobre a Terra. Nanã é água parada, água da vida e da morte.
Considerada a mais velha Divindade do panteão africano, Nanã está associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. Ela e Obaluayê foram os únicos Orixás que não reconheceram a soberania de Ogum como dono dos metais, justamente por serem mais antigos que ele. Segundo pesquisas de Pierre Verger, há indícios de que Nanã e Obaluayê eram cultuados desde antes da Idade do Ferro; e esta é a razão de não se utilizar instrumentos de ferro nas suas oferendas. Na África antiga, acreditava-se que entre o mundo dos vivos e o dos mortos existe uma passagem, cuja regente é Nanã, Senhora da Morte, geradora de Iku (a Morte).
Desde suas origens na África, Nanã é reverenciada como o grande Orixá que tem o domínio sobre as enchentes e as chuvas, bem como sobre o lodo produzido por essas águas. Ela também é a mãe e avó, a protetora dos homens e dos idosos, a padroeira da família.
(Por Umbanda eu Curto)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

XANGO, DA JUSTIÇA DIVINA AO EQUILIBRIO HUMANO


A muitos e muitos anos atrás, do outro lado do oceano Atlântico, num imenso continente multicultural chamado de África, mais precisamente num país chamado Nigéria, havia uma cidade, um vilarejo chamado de Oyó, neste vilarejo se cultuava uma divindade, um Orixá, seu nome era Xangô.

Todos que lá nasciam, filhos de Xangô, eram iniciados em seus mistérios, conheciam de seu poder, sabiam 

de sua sabedoria, bebiam na fonte do saber, cultuavam e desfrutavam de seu poder, e assim foi por muito tempo. Nós viemos a ser agraciados com esse conhecimento pela força bruta da escravização, nos foi trazido sua cultura através dos negros escravos embarcados da Costa do Ouro em seus navios Tumbeiros, onde os escravos sudaneses forçados ao trabalho e sofridos até seu limite, tiravam força de sua Lei Maior, de sua Justiça Divina, nosso querido pai Xangô.

Pela pluralidade da miscigenação de diversos povos tantos nos navios negreiros quanto na vivencia da senzala, cada povo com seu culto, sua crença e seu divino Orixá, formatou na junção e no culto aos Orixás que temos hoje, e falar de Xangô se torna cada vez mais difícil, pois o que falar desse Pai querido que ainda não foi falado? 

Xangô é um dos Orixás mais cultuados e respeitados do Brasil, um dos primeiros Orixás Iorubanos que teve sua cultura fincada em nossa terra. Xangô sempre tido como um Rei, autoridade do panteão africano.

A principio cultuado nas roças do Candomblé, teve também seu mistério revelado a nova religião que se apresentou no ano de 1908 pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas através do médium Pai Zélio Fernandino de Moraes, que inclusive após a fundação da Tenda Espirita Nossa Senhora da Piedade, fundou também mais 7 casas, uma delas a Tenda de Xangô, e assim Xangô nasce também para a Umbanda, ou melhor, a Umbanda nasce para Xangô.

Xangô é indivisível, irremovível, pesado, forte, integro, suas lendas sempre se percebe sua autoridade, sua figura é a figura da determinação, mas nunca autoridade desmedida. É o Orixá da decisão sábia, pensada, medida, a balança sobre o bem e o mal.

Conhecido como Deus do raio e do trovão, na África antiga quando uma casa era atingida por um trovão ou um raio, os moradores deveriam pagar oferendas a Xangô, pois ali havia débitos com o Pai, e nos escombros da casa, os sacerdotes reviravam em busca de pedras quentes formadas pelo raio, pois ali estava a força e o axé de Xangô, já apresentando o que entendemos como Otá. Tem sua força assentada nas rochas, pedras, pedreiras, terrenos rochosos, pedras essas difíceis de quebrar, inabaláveis, fixas, assim como nosso Pai.

Xangô carrega sempre consigo seu símbolo máximo, o Oxé, um machado de duas lâminas, dois cortes em sentidos opostos. O Trono Masculino da Justiça jamais poderia olhar só para um lado, tomar as decisões 

sempre propensas voltadas ao mesmo interesse, por isso é seu símbolo máximo como patrono da justiça, pois nas contendas pode sempre pender para qualquer um dos lados, com liberdade, independência, com total abrangência de justiça.

A criação de Olorum é perfeita, e na irradiação da Justiça Divina assentou duas potencias, Xangô como o Trono Masculino da Justiça e Oro Iná como o Trono Feminino da Justiça, ou também podemos dizer, 

o Trono Masculino do Fogo e o Trono Feminino do Fogo, pois esta irradiação é a representação do elemento fogo. O fogo purificador, o fogo que constrói, o fogo que dilui todo emocional desequilibrado, e se até agora falamos de justiça então que coloquemos em seu lugar devido, assentado com nossa querida e sagrada Mãe Oro Ina, a grande representante do Fogo da Justiça Divina, e se podemos de melhor forma explicar como cada um atua universalmente, seria mais adequado dizer que Xangô é exemplificado no símbolo humano da justiça, a cega com a balança, pois Xangô é o equilíbrio.

O equilíbrio nunca pende para um lado ou para o outro, pois é estável, e assim também o é na criação, pois Xangô como qualidade divina equilibradora atua em nossas vidas independente de nossa vontade, pois todo universo, toda criação deve pulsar de forma equilibrada, e Xangô atua com excelência com sua energia abrasadora e consumidora das emotividades, mas também equilibrando, dando coesão e sustentação a toda criação, desde o perfeito equilíbrio dos átomos, como dá o equilíbrio da natureza e de nossa emoção e razão.

Xangô paralisa, purifica, equilibra, Yansã direciona, o complemento dos elementos, fogo e ar. O ar da vida ao fogo, o fogo consome o ar, paralisa, purifica em seguida movimento e direciona. Em sua onda geradora ígnea, Xangô atua com o fator equilibrador, Oro Ina com o fator consumidor, Xangô é o polo positivo dessa
onda, irradia em raios retos, estáveis e passivos, por irradiar em raios retos o faz de forma constante, mantendo o tempo todo, tudo e todos sob sua irradiação ininterrupta.


ESPECIFICAÇÕES


Cor: Marrom, vermelho e branco.

Cor da guia: Marrom.

Ervas: Barbatimão, para-raio, alfavaca-roxa, panaceia, bilreiro, erva de são joão, nega mina, eucalipto, bradamundo, caapeba, caferana, eucalipto limão, folha de figo, gitó, levante, mãe boa, manjericão roxo, hortelã, manjerona, carrapeta, erva grossa, mulungu, lírio do brejo, erva das lavadeiras, folha da fortuna.


Amaci: Seu amaci é feito com água de cachoeira e hortelã macerada ou com demais ervas de Xangô, curtida por três dias.


Saudação: Obá Nixé Kawo Kabiesilê

Assentamento: Pedra de raio ou de fogo dentro de uma gamela.


Dia da Semana: Quarta-feira.

Símbolo: Oxé (machado duplo).


Ponto de Força: Pedreira


Flores: Cravos vermelhos e brancos.


Pedras: Meteoritos, pirita, jaspe.


Metal: Estanho.


Elemento: Fogo.


Chakra: Cardíaco.


Bebida: Cerveja preta.


Sincretismo: São Jerônimo, São José, Santo Antônio, São Pedro, Moisés, São João Batista, dependendo da região.



CARACTERISTICAS DOS FILHOS DE XANGO

Ao se falar de características, aspectos físicos e psicológicos deve se levar em consideração todos os Orixás regentes da coroa de seu filho, e não tão somente o Orixá Ancestral, porém, aqui vamos balizar aspectos gerais de filhos de Xangô.

Geralmente são passivos, racionais, observadores, atentos, meditativos, geniais e pouco falantes. São honestos e sinceros, apreciam a leitura, a música, os discursos, a boa companhia e a 

companhia de mulheres vivazes. Não apreciam reuniões emotivas, os egoístas e os soberbos, são 

judiciosos, gostam de se vestir bem.

Filhos de Xangô tem uma grande dose de energia, enorme alto-estima, tem clara consciência de que sua opinião geralmente será decisiva, tal consciência se torna por vezes ligeiramente egocêntrica. 

Não aceitam com facilidade quando outros se opõem a suas ideias, gostam de dar a última palavra em tudo, mas ouvem as demais ideias, porém, se mantiverem sendo contrariados podem rapidamente se tornar violentos e incontroláveis, mas logo no momento quando a lei e a ordem é restabelecida voltam a seu comportamento usual. Se pudéssemos associar um arquétipo aos filhos de Xangô seria o déspota esclarecido.

Fisicamente atribuísse no geral um tipo forte, de estatura baixa ou média, com tendências a obesidade.

Os filhos de Xangô quando estão em desequilíbrio, vibrando negativamente são reclusos, calados, rancorosos, implacáveis nos seus juízos, intratáveis.

Filhos de Xangô costumam se afinizar com filhos de Oxalá, Oxóssi, Ogum, filhas de Yansã, Yemanjá, Oxum e Logunam.


OFERENDAS Á XANGO

O principio básico das oferendas é pedir ajuda divina, o Axé dos divinos Orixás, passarei abaixo uma oferenda básica e três especificas.

Nas oferendas a Pai Xangô, geralmente pedimos sabedoria nas tomadas de decisão, reflexão, apoio material, estabilidade material e espiritual, equilíbrio emocional, espiritual e ajudas em questões judiciais.


Oferenda básica: Toalha ou pano marrom, velas branca e marrom, fitas branca e marrom, linhas branca e marrom, frutas (abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba vermelha), vinho tinto seco, cerveja preta, comidas (quiabos picados em rodelas e levemente cozido, rabada cozida com cebolas cortadas em rodelas), pembas branca, marrom e vermelha, licor de chocolate. 


Oferenda especifica 1: 1 kg de quiabos crus, azeite de dendê para regar, 2 cebolas, cortadas em fatias no sentido do comprimento 4 velas marrom, 4 velas branca, 7 folhas de couve, arrumadas em círculos com os cabos para fora, 1 garrafa ou lata de cerveja preta (sem gelar), 1 coité para por a cerveja.


Entrega: coloque os quiabos no centro do círculo de folhas de couve, enfeite com as cebolas e regue com o dendê , abra a cerveja e coloque no coité, acenda as velas, espere queimar, recolha a embalagem da cerveja, junto com sacos plásticos e leve embora.


Oferenda especifica 2: 8 cajús, 8 cajás (ou 7 frutas do conde), 8 quiabos, 8 pinhões, 8 folhas de couve para servirem de base, 8 cervejas preta para regar as frutas, 8 velas marrom.

Arrumar as folhas de couve, depositar as frutas de modo estético, sempre preferindo as arrumações circulares (não cozinhar os pinhões, nem os quiabos), regar com a cerveja preta, acender as velas.


Oferenda especifica 3: 1 vela branca, 500g de quiabos escaldados enfeitados com rodelas de 1 cebola e regados no dendê, 1 cerveja preta pequena (sem gelar) 1 coité para colocar a cerveja, 1 folha de couve, para servir de base.

Pronto, foi oferecido acima uma oferenda básica, mais 3 especificas, e uma delas mais econômica, lembrando sempre que o efeito da oferenda não se consegue pelo numero de elementos colocados nem pelo montante gasto nelas, e sim com a intenção, o coração e a sua entrega espiritual no momento de faze-las, e mesmo oferecendo uma vela sequer, fazer isso de pleno e puro coração, assim se conectará a Deus e aos Orixás e receberá plenamente seu Axé divino.


LENDAS DE XANGO

Certa vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xangô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. 

E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam o mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô.

- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo ordens, seus líderes é quem devem pagar!

E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindoos todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.


LENDA 2

Xangô era rei de Oyó, terra de seu pai; já sua mãe era da cidade de empê, no território de tapa. Por isso, ele não era considerado filho legítimo da cidade. 

A cada comentário maldoso Xangô cuspia fogo e soltava faíscas pelo nariz. Andava pelas ruas da cidade com seu Oxé, um machado de duas pontas, que o tornava cada vez mais forte e astuto onde havia um roubo, o rei era chamado e, com seu olhar certeiro, encontrava o ladrão onde quer que estivesse.

Para continuar reinando Xangô defendia com bravura sua cidade; chegou até a destronar o próprio irmão, Dadá, de uma cidade vizinha para ampliar seu reino. 

Com o prestigio conquistado, Xangô ergueu um palácio com cem colunas de bronze, no alto da cidade de Kossô, para viver com suas três esposas: Oyá ( Yansã ) amiga e guerreira; Oxum, coquete e faceira e Obá, amorosa e prestativa.

Para prosseguir com suas conquistas, Xangô pediu ao babalaô de Oyó uma fórmula para aumentar seus poderes; este entregou-lhe uma caixinha de bronze, recomendando que só fosse aberta em caso de extrema necessidade de defesa. 

Curioso, Xangô contou a Yansã o ocorrido e ambos, não se contendo, abriram a caixa antes do tempo. Imediatamente começou a relampejar e trovejar; os raios destruíram o palácio e a cidade, matando toda a população. Não suportando tanta tristeza, Xangô afundou terra adentro, retornando ao Orun.

(texto retirado do Jornal da Umbanda Sagrada)